Por Margarete Wallace Dias
Acredito que a maioria de nós já tenha percebido comportamentos automáticos relativos ao uso do celular. Atualmente vivemos a onipresença das mídias em nossas vidas com a presença absoluta do smartphone (que carregamos junto ao corpo), situação que acaba favorecendo impulsos automáticos na forma de reações afetivas e comportamentais que levam ao seu uso constante.
As reações afetivas ocorrem pela gratificação imediata inerente às redes sociais e as reações comportamentais são relativas aos hábitos que são construídos cotidianamente. Em linhas gerais estes são os impulsos que nos levam ao uso descontrolado do celular. Esse consumo impulsivo é contrário à utilização refletida, avaliada e planejada conscientemente conforme nossos objetivos pessoais.
Tenho percebido que o conflito entre o uso do celular e o foco em objetivos pessoais importantes tem se acentuado nesse momento. Assim, pessoas se veem diante de um dilema que exige a escolha entre a gratificação imediata (passar tempo alternando entre WhatsApp e redes sociais, por exemplo) e um resultado mais valioso, mas que vem do esforço constante e de longo prazo.
Assim, gostaria de destacar a importância de desenvolver o autocontrole sobre o uso do celular e das mídias em geral, aprimorando nossa capacidade de alterar ou interromper tendências internas de dependência.
Planejar nossa rotina, lembrando a importância de manter determinadas atitudes a longo prazo fortalece a mentalidade orientada a resultados futuros, condição necessária ao controle desses impulsos automáticos.
*Publicado originalmente em: https://margarethwallace.com.br/sabemos-controlar-o-uso-do-celular/